Tô sofrendo muito. (ele)
"É uma situação delicada mesmo", concorda ela.
Queria poder participar de verdade da sua vida. (ele)
Andar de mão dada, te abraçar e me sentir seguro. (ele)
No dia do lançamento, vai dizer o quê? Me apresentar como? (ele)
"Como um amigo, ué", dispara ela.
Ninguém vai acreditar. (ele)
Essa situação não tem saída, não tem para onde ir. (ele)
"Ela é o que é. O amor é o que é", afirma ela.
E nesta toada, ele continua quase que enumerando os motivos pelos quais aquilo precisa de um ponto final. Primeiro, fala dele e de como está agindo contrário a como deveria se portar. Depois, joga para ela, dizendo que essa situação não é justa, é muito pouco para ela.
Ela quase compra os argumentos todos. Afinal, eles fazem sentido.
Até que ela respira e decide:
"Não, eu não aceito os seus argumentos. Sinto muito.
Foi uma boa tentativa, sério. Parabéns pelo seu raciocínio lógico", diz ela.
"Mas, a resposta continua sendo não.
Você não está autorizado a ir embora", sentencia ela.
Você é foda. (ele)
Me sinto incapaz (diz ele com lágrimas nos olhos).
Ela não se comove, e retilínea como só, dá o caso por encerrado.
Os amantes então saem de cena para protagonizar mais uma noite de amor.
Fim.
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