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Apresentação da obra

 

Uma desilusão amorosa, meias verdades e a alma dilacerada. Assim começa o livro Crônicas de um amor desmedido. A obra é dividida em cinco partes: Fim: a melancolia; Renascimento: o desejo; Vida: o amor; Angústia: a dúvida; Fim… ou não. Ao longo desses ciclos, o livro traz, em forma de poemas, crônicas e cartas, o fim de um relacionamento feito de ilusões das mais vagabundas, o renascimento do desejo e o despertar de um novo amor, permeado por dúvidas, gozos, lágrimas e um suor agridoce.

Cuidado, o amor pode te afogar
01:42

Cuidado, o amor pode te afogar

O amor mete medo. Será que ele pode acabar te afogando? Traz culpa? Nó na garganta? Será então que isso então é amor, ou pura aflição? Não achei que momentos de tanta paz e felicidade pudessem virar, de uma hora para outra, algo que pesa feito pedra no peito. Que tristeza perceber isso no outro ser amado. Eu vislumbrei um amor leve, bom e tranquilo. Achei que estivéssemos vivendo isso. Mas virou, a maré virou. Não pensei que seria assim cortado e arrancado de mim. Mas como pedir para ficar se o sentimento já não traz mais paz? Ainda assim eu pedi. Te pedi, assim como na canção da Liniker, para me deixar "ficar na tua vida e morar dentro da concha do teu abraço". Só almejei a simplicidade contigo. Só quis viver as coisas exatamente como elas são. Queria poder ser feliz contigo, e só, mais nada. Ou tudo, porque para mim a verdade desse amor é tudo. É genuíno, ele só quer existir. Por fim, você disse que fica. Mas agora foi o meu peito que apertou, foi a minha garganta que secou. Experimentei de perto o gosto da partida, assim, de pronto. Não estava pensando no fim, onde isso iria chegar. E sabe por quê, meu bem? Porque para mim o que vivo contigo é o ponto de partida e de chegada. Não sabia que para ser feliz precisava saber para onde se vai e onde o trilho acaba. Vai ver esse meu jeito de só viver não caiba muito mesmo neste mundo. Por fim, te peço perdão por te pedir para ficar quando algo já se quebrou dentro de você. Sou eu quem não tenho o direito de querer colar, juntar o que não me pertence. Te prometo uma coisa: já não te peço mais para ficar, meu bem. Mas, veja bem, continuo te amando. E me desculpe, mas esse amor ninguém me arranca do peito. Ele é todo meu e eu sou muito grata por ele. Não vou renegá-lo ou deixá-lo minguar em qualquer canto, muito menos deixá-lo morrer ao relento. Isso, ah, isso, eu também te prometo.
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